Ponto de Vista do Knox
Os olhos dele continuaram a me encarar no escuro, o branco dos olhos quase fluorescente, mas não tão predatório como antes. Não pareciam mais me prometer a morte, como quando eu tinha voltado com a filha dele toda ensanguentada.
Havia preocupação nos cantos daqueles olhos naquele momento, que se estreitaram antes da voz dele sussurrar vindo da escuridão.
— Venha comigo.
— Para onde a gente vai? — Hesitei, tentando entender o que exatamente ele tinha visto. Será que eu estava caminhando para minha própria morte, feito um cordeiro para o abate? Era mais fácil se livrar de um corpo no meio da noite, eu sabia daquilo.
— A gente precisa conversar, a sós. — Ele resmungou e virou as costas. Não tive escolha senão seguir.
Eu o acompanhei, a curiosidade só aumentava enquanto descíamos de volta, em direção ao escritório silencioso dele. Até eu sabia que devia parecer estranho eu ter entrado no quarto dela bem no meio da noite. Eu não tinha motivo para estar ali, era o tre