— Desculpa, Claire. — minha voz saiu baixa, quase um sussurro — Não estou me sentindo bem... Acho que preciso ir para casa. Sinto muitíssimo por não ficar para ver a reação de todos quando provarem a minha sobremesa.
Os olhos dela se encheram de preocupação instantânea.
— Ah, não! Quer que eu peça para o Ethan te levar?
A simples menção do nome dele fez minha raiva ferver de novo, queimando por dentro. Balancei a cabeça rapidamente, quase num reflexo.
— Não, obrigada. Prefiro ir sozinha.
Claire hesitou, visivelmente dividida entre insistir ou respeitar meu espaço. Por fim, apenas assentiu.
— Tudo bem... mas me manda uma mensagem quando chegar em casa, tá?
Assenti em silêncio, peguei minha bolsa e saí do restaurante o mais rápido que pude.
Assim que entrei no carro, o silêncio me envolveu como um manto pesado. As lágrimas que eu vinha segurando finalmente caíram, descontroladas. Apertei o volante com força.
Como pude ser tão ingênua? Ethan nunca me amou. Tudo não passou de um jogo