Narrado por Zeus
O gosto de sangue ainda estava na minha boca.
Talvez fosse o meu. Talvez não. Eu já tinha perdido a conta de quantas vezes cuspi no chão da guerra.
A fumaça ainda dançava no céu noturno quando entrei de volta na mansão devastada. Estilhaços espalhados pelo hall, tapeçarias rasgadas, a parede da sala de armas esburacada. O cheiro de pólvora e destruição impregnado nas paredes. E mesmo assim, nenhum dos meus homens mortos.
Eles vieram pra mandar um recado.
E o recado foi claro: estamos dentro.
Ares estava cuidando da evacuação dos reféns. Apolo ainda estava desaparecido com Violetta. Eu fiquei.
Fiquei porque alguma coisa não fechava nessa equação. E quando algo não fecha... sou eu quem fecha à força.
Subi os degraus da escada principal, pegando o telefone no bolso. Os sistemas de vigilância da mansão estavam ligados a um servidor espelhado diretamente no meu celular. Ninguém sabia disso. Nem Apolo. Nem Ares. E graças a essa “paranoia de irmão do meio”, como eles costuma