Narrado por Ares Marino
A mesa de guerra foi montada como manda a tradição da nossa família: madeira escura, silenciosa, carregada de significado. As luzes do subterrâneo estavam baixas, a sala protegida por três portas trancadas e um corredor vigiado por dois homens armados. Ali, nenhuma palavra era dita por acaso. Nenhuma decisão era leve. E toda estratégia tinha um preço.
Domenico estava ao meu lado, atento. Sergio e Aldo, os dois capos mais antigos da família, sentavam do outro lado da mesa. Cada um com uma taça de vinho, mas ninguém bebeu. O clima não permitia.
Sobre a mesa, um mapa detalhado da cidade. E marcado em vermelho, o coração do império de Viktor Barinov: o entreposto no Queens. Um galpão disfarçado de lavanderia industrial, com uma rede subterrânea de armazenamento que recebia armamento e cocaína da Romênia.
— Ele se a