Ponto de Vista de Ema
Entre medo, raiva e atração
Quando Alice disse que queria ficar ali… naquele lugar estranho, cheio de criaturas que, até ontem, eu acreditava que só existiam em histórias… eu senti o chão sumir debaixo dos meus pés.
Como ela conseguia falar aquilo com tanta calma? Com tanta certeza?
Como se nada daquilo fosse absurdo, perigoso, impossível?
Meus dedos tremiam quando segurei o braço dela.
— Alice, você enlouqueceu? — minha voz saiu baixa, rouca, quase um sussurro de pânico. — Nós não conhecemos essas pessoas. Essas… criaturas. Nós não sabemos o que querem de verdade.
Ela puxou o braço, irritada.
— Ema, para. Eles salvaram a gente! — ela rebateu.
Mas a verdade era cruel: eles também tinham sequestrado a gente.
Eu não consegui ignorar isso.
Não consegui fingir que nada aconteceu.
Não consegui confiar tão rápido.
E, principalmente… não consegui lidar com o que estava sentindo por Bernardo.
A raiva queimava meu estômago cada vez que o via abrir um sorriso lindo, q