O salão do Conselho estava mais uma vez tomado por um silêncio pesado, daqueles que só existem quando a história pende de uma única palavra. Annabelle sentou-se com a postura grave de quem sabe que, por trás de qualquer gesto, há consequências para milhares de vidas. Havia pouco tempo, a fúria do rei vampiro Victor havia rasgado o frágil acordo de paz que mantinham desde a purificação da Deusa. Agora, com jovens humanas sequestradas e mantidas como substitutas da companheira perdida, o Conselho corria o risco de incendiar uma guerra que ninguém, após as perdas que já tiveram, queria ver renascer.
Andreas estava ao lado dela, a mão firme sobre a mesa. Seus olhos, acostumados às decisões que partiam de sangue e honra, agora buscavam uma saída que não trouxesse mais sangue. Michael, representante dos humanos, batia o punho na madeira com impaciência contida. Eva, de olhos profundos, parecia medir cada palavra como se soubesse que feitiços e juramentos podem valer mais do que uma espad