Benjamin ajeitou o casaco negro nos ombros enquanto caminhava ao lado do irmão. Bernardo, em silêncio, mantinha a postura rígida, como sempre fazia quando pressentia perigo. À frente deles, Eva conduzia o grupo. A bruxa não precisava falar nada, mas sua aura carregava uma tensão quase palpável.
A mansão de Victor erguia-se na escuridão como um monumento de sombras e mistério. As torres góticas, as janelas estreitas, os portões de ferro adornados com símbolos antigos — tudo parecia feito para afastar visitantes indesejados. Mesmo assim, os três avançaram, guiados pelo chamado do Conselho.
— Você sente isso? — murmurou Bernardo, franzindo o cenho.
— Sinto. — respondeu Benjamin. — O ar está diferente. Não parece mais a casa de um predador.
Eva não disse nada, mas concordava em silêncio. Desde que a notícia correra de que Victor havia encontrado sua companheira, algo parecia deslocado. O rei vampiro, conhecido por massacres e por séculos de brutalidade, agora falava em lealdade, proteção