O dia despontava preguiçoso, tingindo o céu com tons suaves de laranja e rosa. No interior da casa que servia de refúgio, Clarck e Clarice encontravam um raro momento de intimidade na calmaria da manhã. Sentados à mesa de café, os dois desfrutavam de uma refeição simples e nutritiva. O aroma do café recém-passado misturava-se ao perfume de ervas e flores que Clarice, sempre atenta aos detalhes, usava para temperar o ambiente.
— Você sabe, Clarice, tenho refletido bastante sobre o que discutimos na última reunião – começou Clarck, com a voz mansa, enquanto tomava um gole do café quente que parecia aquecer não só o corpo, mas também a alma. Seus olhos, de um âmbar penetrante, encontravam os de Clarice com uma intimidade silenciosa.
Clarice, que sempre fora sensível às nuances das conversas, inclinou a cabeça, fazendo com que a luz matinal ressaltasse os traços delicados de seu rosto.
— Sim, Clarck. Integrar os lobos do assentamento à nossa alcateia pode ser exatamente o que precisamos –