A noite com um céu cheio de estrelas logo deu lugar a um céu nublado e uma chuva fina e fria, que parecia querer, sem sucesso, lavar as angústias e os conflitos internos que assolavam o coração de Clarice. Ela caminhava ao lado de Gael, cujos olhos estavam imersos em um silêncio carregado de significado. As estrelas haviam sumido, as nuvens negras e carregadas anunciavam que, em breve, a chuva fina se transformaria numa tempestade.
Gael, com a voz embargada por um misto de preocupação e resignação, parou diante de Clarice. Seu olhar se fez profundo, como se buscasse nela a coragem para enfrentar a tempestade emocional que se abatia sobre ambos.
— Clarice, eu… — começou ele, hesitante, enquanto seus olhos se perdiam por um instante no horizonte enevoado. — Acho que preciso te dar um tempo para pensar.
As palavras ecoaram no ar úmido, fazendo com que Clarice se sentisse repentinamente pequena, como se o mundo ao redor tivesse se reduzido àquele breve instante de silêncio e dor. Ela sabia