A noite estava fria e úmida quando Gael levou Clarice para a floresta. Era uma noite sem lua, o céu estava coberto por estrelas, mas o astro-mãe que regia a vida dos lobos não estava presente. O som das folhas secas estalando sob seus passos ecoava entre as árvores imponentes, enquanto o vento sussurrava segredos antigos entre os galhos.
Clarice sentia o coração acelerado, sem saber ao certo o motivo daquela caminhada noturna. Gael estava sério, mais do que o normal, e seu olhar carregava um peso que ela não conseguia decifrar. Ele a guiava com firmeza, mas sem pressa, como se cada passo fosse um prelúdio para algo grandioso – ou terrível.
Era estranho descobrir que tinha um parente de sangue vivo, e parecia ainda mais estranho saber que esse único parente estava esperando-a há tanto tempo. Tudo era muito confuso, e a cada momento, Clarice se sentia mais próxima de algo que mudaria tudo.
Mas será que aguentava mais mudanças? Tudo o que queria era salvar seu filho.
Quando chegaram a u