O som das gotas de chuva tamborilando contra as telhas desgastadas era o único ruído que quebrava a quietude do aposento. A fraca iluminação das lamparinas oscilava, projetando sombras alongadas sobre as paredes de madeira enegrecidas pelo tempo. A sala estava vazia, exceto por uma única figura sentada sobre um trono de ébano, esculpido com inscrições antigas que sussurravam segredos de eras esquecidas.
Arikhan, o Espectro do Eclipse, não se movia. Seus olhos, duas fendas gélidas sob o capuz negro, estavam fixos na lâmina curta em sua mão — uma adaga de prata escura, o fio imaculado refletindo a pouca luz da sala.
Foi quando a porta deslizou silenciosamente, sem um único rangido.
Uma figura encapuzada entrou, ajoelhando-se diante do trono.