Alana ainda não sabe muito sobre a guerra, a não ser a guerra que trava todos os dias para proteger a mãe de seu pai agressor. Em meio ao caos que vive em família, ela será escolhida, juntamente com mais seis jovens, para uma missão muito importante: selar a paz entre dois reinos rivais a quase cinquenta anos: Cléris e Montelite. Para isso, ela e cada um de seus companheiros terá em posse um poderoso amuleto, que é cobiçado pelos Cavaleiros Negros, o grupo de guerreiros mais temido da região. A tarefa de proteger estes objetos mágicos será difícil e talvez a neve que cobre o chão ganhe uma nova coloração: vermelho. ( Livro escrito entre 2012 e 2015) (Não revisado. Pode conter erros de português e/ou de digitação). (Todos os direitos reservados).
Leer más(Carta de Alana Forgari para a rainha de Montelite)
“Inverno de 1516.
Majestade,
Não pude deixar de perceber o quanto vosso reino está destruído. Creio que precisaríamos de uma nova convocação de guerra. Sei que o caos e a destruição tomaram conta de todos nas redondezas. Presenciei mortes bárbaras de inocentes, pelas mãos do sangue dos Velásquez. Bem,majestade...estamos nos fins da nossa era, eu mesma já estou muito machucada, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Sei que foi difícil para a senhora ter perdido mais uma das suas proles( mesmo ela estando presente, não está viva. Sua alma é o que importa e ela já se foi a tempos), e eu compreendo o que um homem é capaz de fazer ao outro. Mais uma vez os Cavaleiros Negros tomaram o posto por vencido. Mas não quero pensar nisso. Inteiramente, quero lhe pedir perdão por ter sido a causa da carnificina que destruiu a vida de todos. Jamais me imaginaria apaixonada pelo filho de vosso pior inimigo.
Creio que agora andar pelas florestas de Cléris e Montelite sem rumo com um capuz adornando minha face não seja o melhor a fazer. Não quero me reprimir, Majestade. Quero lutar. Há muita injustiça nesses tempos de sangria . Entretanto, não quero matar nenhum inocente como foi feito pelas mãos daqueles covardes. Agora, tudo se foi. Resta apenas eu e um livro velho. O restante do nosso grupo está morto ou desaparecido, não sei lidar com o luto, senhora. Nenhum de nós sabe. Espero que tudo o que veio a acontecer agora não seja mais uma maldição. Compreendo que a senhora se foi com raiva de mim, talvez eu merecesse ser guilhotinada e talvez não tenha sido uma boa heroína. Queria dizer também que dói em minha alma saber que escondeu quem realmente era por tantos anos de reinado por culpa do preconceito. Outrora, espero que um dia possa me perdoar por não chegar a tempo de salvá-la e que a dor cicatrize em seu nobre coração, onde quer que esteja.Com o mais sincero arrependimento de qualquer coisa que a tenha magoado.
Alana Forgari”
>página 118 do diário de Alana Forgari<“Diário de sangue;Um mês havia se passado desde que o pesadelo acabara.Era noite quando sentei-me na cadeira perto da escrivaninha com uma pena para escrever uma carta à rainha Victória, mesmo que ela jamais fosse ler. Pedi desculpas por amar Nathan, ( sim, eu o amo) que era seu inimigo. Pedi desculpas por ter causado tudo aquilo. Eu sabia que ela havia ordenado que Amanda fosse jogada à fogueira, mas Amanda escapara. Mesmo assim eu não conseguia ver a rainha Victória como alguém ruim. Se Amanda estivesse ali provavelmente me transformaria em uma raposa manca.Haveria um jantar no castelo de Cléris, agora Nathan era o rei. Eu não soubera mais notícias de Ulisses e Na
Divisa de Cléris e MonteliteAo voltarem para a tenda não tão aconchegante a qual abrigava seus mantimentos e roupas, Alana e Nathan encontraram somente cinzas e o único Pégasu que lhes havia restado morto. Em seu peito estavam infiltradas três flechas.-Deuses – Alana murmurou – tudo está destruído.-Vamos até o outro lado do rio – disse Nathan – Victória, Saymon e Ulisses devem estar lá a lutar.O corpo de Victória Pietroni jazia sem vida no chão enevoado da floresta. Havia uma poça de sangue embaixo de seu pescoço . Ao se aproximar Alana notou que se tratava de degolamento com alguma lâmina muito afiada As ideias mais loucas correm risco se tornarem mais sérias do que quaisquer outras ideias.Primeiramente Ulisses, Nathan e Saymon alegaram à Alana que mentir para Stefânia poderia render graves problemas, mas após não encontrarem outra saída para que não precisassem dar continuidade à guerra , ambos os três concordam em assinar tratados falsos de entrega da posse de terras e por mais incrível que pareça, rainha Victória aceitou o plano de forma mais harmoniosa possível.-Parece ser a única solução – disse Victória sentada perto à uma fogueira ao lado de uma tenda naquele mesmo dia de frio arrebatador. – Entrego o castelo e todas as terras por alguns meses, mas e depois?Grilos cantaCapítulo 25
Divisa entre Cléris e MonteliteAlana tinha coragem escondida dentro de si. Aquele aviso de Stefânia a deixara com medo, mas a verdade é que era tão corajosa quanto qualquer outro ali. O monstro do medo é criado por nós mesmos.Suas botas enlameadas de barro e de sangue de soldados mortos mostrava um passado sombrio de Cléris e Montelite. Tudo o que acontecera, inclusive a perca de memória de Nathan a havia abalado demais. Tudo estava em suas mãos.Marchando com seu exército em busca de justiça, sangue ou paz, ela liderou muito bem ao lado de rei Rick Velásquez e Victória Pietroni. Não havia Amanda, Victor fora um traidor. Só restaram-lhe Saymon , Ulisses e Nathan. Durante o caminho ela rezava para que nenhum deles fosse mais um
>Página 115<“Querido diário;Dormimos embaixo de uma cabana de capins construída por nós mesmos naquela noite, torcíamos para que não chovesse. Nathan não trocou nenhuma palavra comigo ou Ulisses depois que contei á ele que o assassino que procurávamos era o mesmo de sua mãe.-Eu não tenho idéia do que fazer para encontrar o assassino. – comentei com Saymon.Ele suspirou enquanto arrumava uma pequena fogueira ao lado da cabana.Nathan ora olhava para mim com seus grandes olhos, ora olhava para ele.No dia seguinte acordamos dispostos a ir
>Página 106<“Diário, bom dia...Foi dia de trocarmos nossas roupas comuns por roupas mais fechadas e seguras. As enormes capas de couro nos protegiam do frio, mas talvez não de sermos mortos. Jasminy mesmo nos cedeu armas maravilhosas para uma possível guerra. Havíamos analisado a profecia no mesmo dia em que a recebemos. Tratei de escrevê-la em um papel velho amarelado manchado de café para ter certeza de que não esqueceria, mesmo sabendo que era impossível esquecer, eram palavras perturbadoras demais para serem deixadas de lado. Assim que acabamos de nos vestir e arrumarmos todas nossas armas, fui até o quarto onde Nathan estava, ainda sem ter acordado. O observei, pegando em sua mão. Sabia que o tempo era curto demais e ele ainda não havia despertado.
Último capítulo