A noite esquentava na tenda de Donaldo.
A luz das lamparinas dançava sobre os tecidos finos que pendiam do teto, criando sombras ondulantes que pareciam se mover ao ritmo dos corpos entrelaçados sobre a ampla cama adornada com sedas e peles. O cheiro de incenso amadeirado misturava-se ao perfume adocicado da mulher que ofegava sob Donaldo, suas unhas arranhando suavemente as costas musculosas do explorador conforme ele se perdia nos prazeres que tanto apreciava.
— Ahh... meu senhor... — a voz dela era um gemido lânguido, as palavras se dissolvendo em suspiros.
Donaldo, suado e completamente entregue ao momento, sorriu satisfeito. Seu corpo estava mais vivo do que nunca desde que aceitara o sombrio pacto de Naaldlooyee. O vigor que lhe fora roubado no passado agora pulsava em suas veias, e ele se regozijava disso como um rei sobre seu trono de desejo.
Até que uma voz cortou a atmosfera íntima.
— Lamento a interrupção.
O frio penetrou na tenda como uma lâmina invisível.
A ruiva soltou u