Tentáculos sombrios se enroscavam ao seu corpo, conforme sombras a invadiam profundamente. De novo e de novo e de novo... Yara soltava gemidos suaves, o rosto avermelhado pela emoção que a dominava.
Ela mergulhava numa queda interminável, as trevas se condensando ao seu redor, espalhando-se como um véu pesado e impenetrável. A escuridão avançava, fria e intrusiva, conforme lágrimas silenciosas escorriam de seus olhos, refletindo a dor e o desespero que a consumiam, conforme a sombra movia-se dentro e fora dela com avassaladora força, deslizando com uma textura gelatinosa, como se fosse uma substância viscosa atravessando um suave canal, cada movimento a fazendo arquejar involuntariamente, os quadris cedendo ao ritmo imposto, conforme gemidos escapavam de seus lábios a cada impacto, a cada fricção entre carne e sombra macia. Contrações e expansões se alternavam, num ciclo que mesclava dor e prazer, num sombrio e incontrolável êxtase.
O silêncio na toca de Ceiba era profundo, mas não um