SAMANTHA VASCONCELOS
Um Dom muito gato e bolado está à minha porta.
— Posso saber que gracinha é essa de me ignorar? — ele indaga.
Deixo a porta aberta e dou as costas a ele, andando em direção a sala.
— Samantha?
Ainda de cara fechada paro no meio da sala e encaro ele.
— O que você quer?
— Já falei, quero saber por que você me ignorou o dia inteiro.
Dou de ombros. Seu olhar se inflama, e sei que ele está ficando irritado. Não ligo. Eu também estou. Ele entra e fecha a porta.
Dou um olhar de desdém a ele.
— Quem disse que você pode entrar?
— Eu – e se aproxima. – Fala logo qual o problema — ele ordena.
Sua voz ecoa pelo meu corpo, fazendo com que eu fique arrepiada. Meu Deus, ele fica muito lindo quando está irritado, e prefiro não demonstrar que ele tem efeito em mim mesmo quando está zangado, então cruzo os braços.
— Nenhum.
Mas ele se aproxima mais.
— Samantha... Não quero ficar assim com você.
Finjo olhar as horas. Não tem nada no meu pulso.
— Você não tem nenhuma festa para ir?