EDGARD
O pai da Marianne me deu um tapinha no ombro como se eu fosse filho dele. Aquilo meio que me incomodou, sabe? Eu não queria me apegar a ninguém daquela família, mas, para ser sincero, o cara era gente boa.
Pela segunda vez naquele dia, me peguei pensando como seria legal ter um pai assim. Ele disse que a gente se veria no jantar e mandou eu dar um beijo na Marianne por ele. Achei meio esquisito essa história de beijo entre pai e filha, pelo menos não o tipo de beijo que eu estava a fim de dar na Marianne. Dei um sorrisinho e voltei para a casa. Fui andando devagar, pensando em tudo que o pai dela tinha me contado e, claro, pensando nela.
Entrei e subi direto para o quarto. Ela não estava lá, então imaginei que ela e a senhorita Brandon estivessem se arrumando para o tal acontecimento.
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