Capítulo 02

༺ Diogo Scott ༻

Observo com certo tédio a tentativa patética de dança sensual que Ellen insiste em fazer. Essa mulher realmente não se cansa de ser ridícula.

Arrumo minha pasta com os documentos, fecho-a com firmeza e me levanto. Estou pronto para sair, mas ela se aproxima, toda manhosa e com aquele olhar sedutor barato.

— Diogo, o que você está fazendo? Larga essa pasta e vem aqui se divertir comigo!

Respondo sem hesitar, ajeitando meu paletó com frieza:

— Preciso ir, Ellen. Não tenho tempo pra ficar entrando no cio com você, sua cadela. Saia da minha frente. Tenho uma videoconferência importante agora.

Ela me encara, perplexa com a minha postura e tom. Cruzando os braços, rebate, ofendida:

— É sempre assim! Seu trabalho vem antes de mim! Nunca tem tempo pra nós dois, Diogo. Você é um cretino de merda mesmo.

Sem pensar, ela arremessa um vaso em minha direção — justamente o presente que minha mãe me deu. O som da porcelana se estilhaçando me faz ver vermelho.

Me aproximo, seguro o queixo dela com força e falo entre os dentes, ameaçador:

— Sua cadela… Como se atreve a quebrar o vaso que minha mãe me deu?

A empurro e, tomado pela fúria, dou-lhe um tapa. Ellen cambaleia, apavorada. Me encara como se não me reconhecesse.

— Você… você nunca me bateu, Diogo. Por que está agindo assim comigo?

Meu olhar é puro ódio. Falo com nojo:

— Você não tem ideia do que sou capaz, Ellen. Não me subestime, sua vadia. Tô farto de você. Me dá enjoo. Some da minha frente e não ouse pisar na minha empresa de novo.

— Não se preocupe! Não vou me rebaixar mais. Eu tenho vergonha na cara! — ela grita, com lágrimas nos olhos.

Solto uma risada sarcástica, impiedosa:

— Ótimo! Vadia interesseira. Você já passou do prazo de validade.

Ela sai batendo a porta com força. Eu apenas pego meu notebook e sigo para a sala de reuniões. Me sento na minha cadeira presidencial com a mesma frieza de sempre.

Logo, os executivos ocupam seus lugares. A videoconferência com os chineses começa. Essa reunião é crucial. Estamos prestes a fechar um contrato bilionário que vai expandir as Indústrias Scott para o mercado asiático.

Algumas horas depois, tudo saiu conforme o planejado.

Conseguimos abrir oficialmente uma filial na China. Um marco na história da empresa. Meu plano bilionário está se concretizando.

Todos na sala comemoram. Sorrisos, pastas executivas, ideias para brindar o sucesso. Alguns já planejam sair para beber.

Eu só queria sair dali e descansar. Mas, claro, Samuel aparece com aquele sorriso safado colado na cara, e já sei que sossego é algo que não terei.

— Ah, meu amigo! Temos que comemorar! Fechamos um negócio do caralho! Isso merece bebida, mulher e tudo mais que o dinheiro pode comprar!

Respondo com um sarcasmo automático:

— Já até imagino que você não vai me deixar ir embora, não é?

— Nem sonhando! — ele responde com escárnio. — Vou te levar numa boate nova. Só mulher de primeira. Você vai surtar.

Antes que eu pudesse abrir a boca pra protestar, Samuel me empurra direto pro elevador.

Minutos depois, estávamos na tal balada. Um lugar bem diferente das casas noturnas onde costumo frequentar. Luxo duvidoso, música alta, e uma multidão fervendo de luxúria.

Na área VIP, me deixei levar pelo som, as luzes, os copos se acumulando. Comecei a beber. Samuel também já estava no modo “sem limites” com duas mulheres agarradas nele.

Logo, eu também estava cercado por duas loiras vulgares. A noite seguiu com bebida, corpos colados, promessas indecentes e, claro... terminamos numa suruba insana.

Quando acordei, mal conseguia lembrar da noite anterior. Só via flashes. Estava deitado na cama, nu, com duas mulheres tão nuas quanto eu.

Minha cabeça latejava.

"Ressaca dos infernos."

Me levantei me arrastando até o banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a água fria escorrer pelo meu corpo. A sensação era boa. Pelo menos, ajudava a aliviar a ressaca e a raiva.

Voltei pro quarto com a toalha na cintura e vi as duas loiras conversando. Quando me viram, sorriram como se estivessem prestes a pular em cima de mim de novo.

Olhei com desprezo, seco:

— O que ainda estão fazendo na minha cama? A noitada acabou, lindezas. Agora, fora da minha casa. Não sou de repetir prato.

As duas se levantaram, bufando, me xingando de grosso e cafajeste. Revirei os olhos, impassível, e elas saíram batendo a porta.

Como se isso me afetasse.

Sempre fui assim. Mulher, pra mim, é prazer momentâneo. Uso, descarto. Emoção? Amor? Isso morreu com Valentina.

Depois do que aquela traidora me fez, nenhuma mulher presta. São todas iguais: vigaristas, interesseiras, manipuladoras. E eu já aprendi a lição.

Coloquei uma roupa esportiva confortável e bati na porta do quarto de hóspedes.

— Samuel! Acorda, vagabundo.

Depois de alguns minutos, ele saiu, espreguiçando-se e mandando embora as duas mulheres que ainda estavam com ele.

— Que noite foi essa, hein? Muito louca... — ele ri, todo satisfeito.

Cruzo os braços, encarando-o:

— Você e essas baladas de merda… Não sei como ainda caio nessa sua história de "só uns drinks". Minha cabeça está explodindo.

— Ah, meu caro, você não sabe me dizer não. Meu xuxuzinho! — ele brinca.

Jogo uma almofada nele com força. Ele ri mais ainda.

— Você é uma vagabunda daquelas fuleiras mesmo!

Samuel rebola, provocando:

— Pode até ser... Mas você nunca resiste à sua vagabunda favorita! Gostoso...

O descarado sai rebolando ainda mais pela casa. Fresco.

Depois do almoço e algumas risadas, Samuel foi embora.

E eu voltei à minha rotina.

Porque, diferente dele, eu sou um homem sério. E não tenho tempo pra fuleiragem.

Meu império exige foco. E é isso que me mantém no topo.

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