Enquanto colocava suas coisas na bolsa e se trocava, Malú sabia que não estava só. Conseguia sentir a presença de Dante mesmo ele estando ao lado de fora. Ele mais se parecia com algum segurança ali parado no corredor, e mesmo que não estivesse de frente para ele, sabia que analisava tudo, parecia incomodado com alguma coisa. Ela colocou a última peça de roupa na bolsa e, quando se virou, notou também que Dante estava inquieto. Segurou a bolsa e se aproximou. O viu engolir seco, um tanto irritado. Dante tomou a bolsa numa atitude protetora.
— Eu a levo para você.
Quando Malú passou por Dante, algo surpreendente aconteceu. Ele deixou a bolsa cair, na verdade, praticamente a jogou. Malú viu seu corpo ser lançado contra a parede do corredor e tocar o concreto frio. Sentiu os músculos de Dante lhe pressionarem, as pernas dele se encaixaram entre as suas, as mãos dele se apoiarem na parede, uma de cada lado a prendendo entre elas, seu rosto ficou a milímetros do seu e ela teve dificuldades