Aquela madrugada havia sido difícil.
Malú teve muitos pesadelos, sonhou com seu pai recebendo um tiro bem ali à sua frente enquanto se sentia impotente, ao mesmo tempo, não era seu pai, e sim o governador caído ao chão. Ela se revirava na imensa cama vazia. Por algum motivo, Dante não estava lá, e ela se sentiu aliviada por não ter que dividir a cama com ele. Assim como na noite seguinte. Apenas o viu no enterro do governador, que tinha sido longo e cansativo. Ela precisou vestir uma roupa elegante, cumprimentar os conhecidos de Dante e às vezes até precisou sorrir, era isso ou ele não a deixaria ver seu pai como prometera. Gil ainda estava na terapia intensiva, não houve evolução no caso, o que de alguma forma contribuiu para sua expressão de luto. Malú estava mal, temendo que seu pai não resistisse, e ficar ali isolada naquele quarto solitária não estava ajudando. Desejava sair, ter sua vida de volta, sentia falta de Ramón, como desejava poder lhe enviar alguma mensagem, se ao meno