Capítulo Quatorze

Passar a noite num abrigo subterrâneo era uma experiência única. A ausência de janelas e de incidência de luz solar fazia com que os dias parecessem intermináveis. Por conta disso, fiquei mais tempo que o habitual na cama, tentando convencer meu corpo de que já era hora de se levantar. Olhava para o teto liso buscando uma velha e conhecida mancha, a mariposa pintada com giz de cera no cal, sabendo que ela nunca estaria lá.

Havia, contudo, o que eu poderia chamar de borboletas no meu estômago. Talvez fosse fome, ou efeito da conversa da noite passada; ou, ainda, a lembrança sempre insistente do que havia acontecido naquele terraço.

Alve, que já tinha se levantado há algum tempo, deu duas batidas na porta e meteu a cabeça para dentro do quarto. Disse, de boca cheia, que havia posto a mesa para o café da manhã. Concordei em acompanhá-lo, aproveitando o incenti

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo