Capítulo Vinte e Quatro

Eu nunca deveria ter acreditado no que os livros diziam sobre a morte. As ficções poderiam ter me convencido de que a vida passaria diante dos meus olhos em retrospectiva; de que os últimos momentos seriam de paz antes que eu fosse levado para uma dimensão fora da matéria. As não-ficções ensinavam o incontestável: nos primeiros segundos, eu expeliria o que restava de oxigênio no meu corpo. Minha atividade cerebral pararia. Talvez algumas funções ainda se mantivessem por alguns minutos, consumindo as últimas unidades de energia. E então meus músculos relaxariam. A essa altura, eu não estaria mais ali para ver.

Da minha perspectiva, nada disso era tão fácil de imaginar. Mas a poética visão de túnel era real. Quanto tempo eu teria que esperar?

Obriguei-me a manter os olhos abertos até que não aguentasse mais. Em ve

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