Voltei a descer as escadas, um degrau por vez, enquanto o alçapão se fechava sobre minha cabeça. Benjamin retornava da cozinha, e Alve estava ajoelhado no chão diante da caixa enquanto a abria. Os dois me olharam inquisitivamente. Meu semblante já transmitia por si só que alguma coisa bem ruim acabara de ocorrer. Emendei um breve instante de silêncio com a declaração mais honesta que eu poderia fazer nesse momento:
— Não podemos confiar nela.
Benjamin cruzou os braços.
— Isso tem alguma coisa a ver com aquela cara de assustada que ela fez quando comentamos sobre Delos? — ele quis saber.
Sacudi a cabeça.
— Você percebeu também?
— Foi impossível não perceber — disse Alve, voltando a mexer na caixa.
— O que foi mesmo que aquele sujeito disse a você, Simas?
Suspirei, esfregand