CAPÍTULO 40.
Os enfermeiros é quem vigiam os feridos, eles fazem o relatório e me chamam quando um quadro se agrava.
Assim que Mike entrou na sala de interrogação, meus primos o seguiram e não levou nem trinta minutos para eu começar a ouvir gritos, e pedidos de misericórdia. Voltei a ficar encolhida debaixo do balcão.
O que eu estava pensando? Será que meu amor por Mike vale tudo isso? Todo esse sacrifício vale a pena?
Não. Não. Eu já fui longe de mais, eu não posso. Eu não vou, voltar atrás na minha palavra. Não irei. Se Mike aguentou isso. Se Eli aguenta, eu também aguento. Eu hei-de conseguir suportar.
Depois que organizar meus ferimentos, me levanto. E caminho em direção ao quarto que compartilho com Mike, eu até pensei que ele ia me colocar em outro comodo, mas não foi bem assim. Ele não me mandou embora do quarto.
Tiro minhas roupas e entro no banheiro, estou cheirando a sangue e a antissépticos. Mal ligo o chuveiro, a porta é aberta. Os olhos de Mike caem sobre meu corpo de forma ilegí