CAPÍTULO 39.
Estou naquela parte do sono muito boa, onde os sonhos se entrelaçam com a realidade, e tudo parece um suave borrão. É como flutuar em nuvens, sem pressa, sem preocupações. Mas, essa tranquilidade é abruptamente interrompida. Ouço a voz de Mike me chamando.
— Acorde. Temos homens feridos e eles precisam de assistência agora.
Abro os olhos sonolenta, tentando entender se ainda estou presa em algum pesadelo ou se a vida está realmente tão insana assim. O quarto está envolto em uma penumbra suave, mas a urgência na voz dele corta como uma faca afiada.
— Acorda. Droga. Tem pessoas morrendo.
O choque da realidade cai sobre mim como um balde de água gelada. Me sento na cama, os lençóis amassados ao meu redor, e olho para Mike. Ele está ali, parado de frente para mim, vestido roupas escuras , o semblante sério e preocupado.
— Agora.
A pressão que ele exerce sobre mim é palpável. Meu corpo ainda está grudado no sono; não tenho nem tempo para lavar o rosto ou me recompor. Visto uma camisola p