CAPÍTULO 24.
Para mim os dias são os mesmos. Cresci no mundo se crime, roubar, sabotar, sequestrar, torturar, matar. Meu cotidiano é fazer a vida do outro um inferno, expandir minhas riquezas, ser temido e reconhecido. Nasci nisso, como se tivesse lentes artificiais em meus olhos. No verdadeiro sentido da questão, eu nunca senti nada do qual não esteja preparado.
Se alguém tentar matar minha família, acredite eu não ficarei com medo ou me martirizado, o que está acontecendo com Georgina não me deixa surpresa. A vida dos crimes está cheio desse tipo de coisas e se eu ficar surpreso a cada merda que acontece, serei um gajo fodido. Às vezes, me sinto um boneco sem vida que apenas segue o roteiro.
O sábado chegou num estalar de dedos. Foi preparado um almoço na estufa de casa, longe dos empregados e dos seguranças. Meus irmãos não participaram, Yana por estar na escola e Lunet por estar controlando o descarregamento de cocaína nas redondezas.
Quando anunciaram a chegada de Aiyra eu estava com os segur