Acordo e não a encontro.
Não sei como ainda estou em pé, pois parece que em mim não há mais vida. Esses últimos dias têm sido um tormento constante, como se eu estivesse preso em um pesadelo do qual não consigo acordar. Deito para dormir e, no instante em que fecho os olhos, sonho com a minha oncinha. Sonho com seu sorriso, com a forma como ela se esparramava na cama, ocupando todo o espaço como se fosse dona do mundo. Nos sonhos, consigo sentir até mesmo o calor da sua pele, o ritmo tranquilo da sua respiração. É tão real que, quando desperto, meu peito implora para continuar dormindo.
Mas a realidade me arranca desse refúgio cruelmente. Abro os olhos e o vazio ao meu lado me engole. Não sinto mais o seu cheiro no quarto, por mais que eu borrife o perfume dela nos lençóis, nas cortinas, em tudo que me cerca. Não é a mesma coisa. Não tem a mesma alma, a mesma vida.
Tenho medo do que podem estar fazendo com ela. Será que está se alimentando? Será que consegue dormir? Será que alguém a machuca? Só de pensar ne