Rosa
O dia amanheceu tranquilo, com o sol entrando pelas frestas da cortina e aquecendo suavemente o quarto. A primeira coisa que fiz foi pegar o celular e mandar mensagens de bom dia. Primeiro para Juan, avisando que sairíamos, depois para minhas irmãs e para Christopher. Assim que terminei, me levantei e comecei a me arrumar.
Nina e eu saímos cedo e fomos a uma loja adorável de roupinhas infantis. O lugar era um verdadeiro mar de fofura, com vestidos minúsculos pendurados em cabides delicados e sapatinhos brilhantes expostos em prateleiras. A decoração suave, em tons pastéis, parecia saída de um conto de fadas.
Enquanto caminhávamos entre os corredores, Nina, com seus olhinhos atentos, pegou um vestido vermelho lindo e me olhou com expectativa.
— Mamãe, experimenta um também! — pediu, com a voz doce e animada.
Fiquei um pouco desconfortável. Usar vestidos nunca foi um problema, mas a insegurança me invadia sempre que minha prótese ficava à mostra.
Você não é mais aquela garota esco