Juan Carlos Hernández
Acordei com risadas e uma pequena bola de energia pulando na minha cama.
— Papito, acorda! — a vozinha animada de Nina encheu o quarto, e antes que ela pudesse fugir, puxei-a para perto, enchendo-a de beijos. Ela gargalhava, debatendo-se entre risos enquanto eu fazia cócegas nela.
— Papito, para, por favor! — pediu entre soluços de riso.
— Tá bom, tá bom, parei! — falei rindo junto com ela.
Levantei-me e, no mesmo instante, ela pulou nas minhas costas, me fazendo de cavalinho até a sala. A risada dela era música para os meus ouvidos, um som que eu nem sabia que sentia tanta falta até tê-la novamente comigo. Coloquei-a no sofá, fui buscar nossa tigela de cereal e voltamos para assistir Os Padrinhos Mágicos. Às vezes, acho que sou mais criança que ela, mas quem se importa?
O tempo passou rápido, e quando vi já era quase dez horas. Dei banho na Nina, tomei o meu e fui para a cozinha decidir o que faríamos para o almoço. Enquanto isso, ela brincava no tapete da sala.