A bolsa tinha estourado. A dor ainda não tinha chegado com força, mas o susto, sim. Todos os olhares se voltaram para mim no mesmo instante, congelando o ambiente festivo do chá de fraldas. O azul suave da decoração, os sorrisos, os presentes, as brincadeiras, tudo ficou em segundo plano. Senti o líquido quente escorrer pelas pernas e a respiração falhar por um segundo.

— Ai, meu Deus... — murmurei, agarrando o braço de Carol.

Edward já estava ao meu lado, os olhos arregalados, mas firmes. Ele me segurou com delicadeza, como se eu fosse feita de vidro. Sua mão quente na minha lombar me ancorava, mesmo com meu coração batendo descompassado.

— Já estourou? — Carol perguntou, olhando para baixo, e depois para mim com os olhos arregalados.

— Rebeca! Está mesmo acontecendo!

— Está, Carol. A bolsa estourou... — falei, com a voz trêmula, mas não de medo. Era real. Meu filho estava pronto para vir ao mundo.

— Alguém liga para o hospital!