Eu não sabia que era possível amar tanto alguém que eu mal conhecia. Amar com tanta intensidade, com tanto medo, com tanta coragem. Amar com os poros, com o instinto, com o peito que se abre, arde e floresce tudo ao mesmo tempo. Era uma sensação surreal que palavras não explicam. Tudo é apenas sentido.
Luiz Eduardo dormia coladinho em mim, no quarto do hospital, com a boquinha entreaberta e a mãozinha fechada num punho minúsculo. Edward estava de pé, ao lado da poltrona onde eu repousava, completamente rendido à cena. Seus olhos não desgrudavam do nosso filho. E o mais bonito era que, mesmo apaixonado por ele, ainda me olhava como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo.
— Ele tem seu nariz — disse ele, sorrindo como um bobo apaixonado.
— E sua boquinha — respondi baixinho, acariciando o rostinho delicado de Luiz.
— E nossa sorte — completou Edward, se abaixando para beijar meu ombro com carinho.
— Eu ainda não acredito que isso tudo é real Rebaca. Que vencemos. Que ela não p