"Você é minha. Cada parte de você é minha. O seu corpo, seu sorriso, os seus beijos, seu amor e sua alma. Eu sou o seu dono, mesmo não estando presente agora, você será minha para sempre. Eu irei te buscar minha mocinha, suplico que espere por mim." -Com todo o meu amor, Julian. "Mesmo sem estar ao meu lado, você ocupa meus pensamentos, meus dias, minhas semanas, minha vida. É como se cada 'Eu Te Amo' fosse pouco perto do que eu sentia. Desde o dia em que eu te conheci, os dias cinzas e chuvosos passaram a ser os meu preferidos. Sempre fui sua..." -Sua, Eloíse.
Leer másAquele era um dos meus dias prediletos, considerando a chuva forte e o frio, sempre foi o meu clima favorito. Eu amava sentir o vento soprar forte contra o meu rosto levando meus cabelos a balançarem. Eu gostava da idéia de estremecer de frio. Desde que eu completei meus quinze anos, eu notei em mim mesma o desejo e interesse por coisas que muitos julgavam ruins. Como dias chuvosos e frios, filmes de terror e desenhar paisagens destruídas ao invés de coisas belas.
Mas quando a minha vida mudou completamente, eu estava com dezoito anos. Morava com a minha avó desde sempre, nunca me senti rejeitada ou inferior a ninguém. Algumas pessoas até me julgavam antisocial, por ter apenas dois amigos, Olívia e João. Mas eu não me importava, aqueles dois valiam mais do que toda a escola e vizinhança.
Naquele dia eu acordei com dor de cabeça por ter tido um sonho estranho; minha mãe e meu pai vinham até mim e depositavam dois beijos na minha testa e desapareciam. O que eu mais havia achado estranho, era que eu consegui ver seus rostos, eles eram tão lindos e pareciam felizes. Eu queria muito saber sobre eles e o que havia acontecido, mas a minha avó Florence nunca quis me falar nada. Apenas concordei e não falei mais sobre, o amor dela me preenchia e nunca me fez falta uma mãe e um pai.
Durante toda a tarde do dia anterior, e já de manhã, a única coisa que passava na TV, era sobre um maníaco que fugiu do manicômio. Diziam que ele era um perigo a sociedade e que havia matado sua esposa e seus dois filhos bebês, logo depois assassinou toda a família, mãe, pai e três irmãos, demorou algum tempo para ser pego e quando foi, descobriram que ele já havia estuprado e matado doze meninas entre dezessete e dezoito anos.
A única coisa que não divulgaram foi o nome e nem sua foto. Eles estavam convictos de que antes de fugir, o homem havia destruído tudo sobre ele, fotos e documentos. Eles estavam esperando os médicos que o atendiam para fazer um retrato falado e começarem a espalhar pela cidade. Com certeza ele havia conseguido ajuda, não era possível uma pessoa declarada como doente mental, planejar tudo isso sozinho.
"Bom dia, filha." A minha avó me recebeu sorrindo na cozinha. Ela estava bebendo café e me ofereceu uma xícara cheia em seguida. Sem café eu simplesmente não existia.
"Bom dia vovó." Eu nunca deixei de chama-la de vovó, ela me mimava tanto que as vezes -na maioria- eu me sentia como uma menininha ainda. "Obrigada pelo café." Falei dando um gole. Estava bem docinho, do jeito que eu amava.
"Não esqueça de levar dinheiro para colocar crédito no seu celular." Ela disse enquanto mordia um pedaço de pão.
"Eu já disse vó, não tenho ninguém para ligar. Quando eu preciso eu ligo a cobrar para Liv ou para o João." Resmunguei bebendo mais um gole de café.
"E eu? Sou ninguém então." Eu sorri com o drama dela. A minha avó não era uma velha, ela era uma coroa bem bonitona, com seus cinquenta e cinco anos.
"Claro que não. A senhora é tudo pra mim. Mas a senhora sempre me liga, então não precisa. É sério." Expliquei e ela deu de ombros.
"Você quem sabe Eloíse." Respondeu séria e abriu um jornal que estava encima da cadeira ao lado.
A verdade era que eu gostava que me ligassem. Eu não queria que tivessem um motivo para eu ter que ligar, eu tinha muito medo de incomodar as pessoas. Mesmo meus melhores amigos e minha avó.
"Alguma novidade, sobre o maníaco?" Perguntei curiosa. A cidade para qual ele havia fugido era ao lado da nossa, eu estava com um pouco de medo.
"Ainda as mesmas coisas. Dizem que ele fugiu com as roupas brancas de lá e está todo maltrapilho. Filha, cuidado quando estiver voltando da escola, pega o ônibus rápido e vem pra casa assim que terminar a aula, tá bem?" Disse minha avó com olhar preocupado.
"Tudo bem vovó. Espero que o Lucas conserte logo a minha bicicleta, não aguento mais andar de ônibus." Exclamei. Lucas era um mecânico aqui da vizinhança, minha bicicleta estava com ele a dois dias. Havia furado o pneu e amassado a câmara de ar. "Já deu minha hora. Vou indo."
"Vai com Deus e cuidado!" Dei um beijo nela e me despedi.
Com minha mochila nas costas e roupa de colégio, segui para o ponto de ônibus próximo a minha casa. A chuva havia se acalmando um pouco, mas ainda estava muito frio, por sorte daquela vez eu não esqueci o casaco. Olhei para o meu celular e estava sem sinal. Ótimo. Também olhei a hora e já fazia dez minutos que eu estava no ponto e o ônibus que eu sempre pegava estava atrasado.
"Droga, eu não posso me atrasar. Tenho prova na primeira aula!" Exclamei baixinho irritada.
Com tanta demora eu decidi ir andando, a escola ficava há vinte minutos de casa e se eu tivesse ido andando desde o início, eu já estaria quase chegando.
A passos largos e com medo da rua que estava bem deserta, consegui chegar cinco minutos atrasada. Pedi licença e professor me deixou entrar, com cara feia mas ele não era um professor carrasco, e sabia da importância daquela prova para mim. Olhei em volta e não vi Olívia nem João. Não acreditava que eles tinham faltado e não me avisado.
Fiz minha prova com tranquilidade, eu achava que tinha ido bem. As aulas passaram como lesmas. De dentro da escola podíamos ouvir a chuva forte que caía lá fora. Quando enfim bateu o sinal para irmos embora.
Abri meu pequeno guarda-chuva, abracei minha mochila com um braço para não molhar, pois a chuva estava muito forte. E corri para o ponto de ônibus. Eu só esperava que desta vez não demorasse, eu não via a hora de chegar em casa e me enfiar debaixo das cobertas. O vento estava quase me levando junto com meu guarda-chuva, eu batia o queixo sem parar e meus lábios estavam congelados com o frio que fazia.
Olhei ao redor e todos os alunos já haviam ido para suas casas, só restou eu ali naquele ponto de ônibus sozinha, por mais uma vez, esperando a merda do ônibus. A chuva forte fazia muitas poças de água e lama no chão.
Distraída com meus pensamentos, já deveria estar fazendo mais de dez minutos que eu estava ali, congelando e lutando contra o vento que queria me carregar para longe. Um carro em alta velocidade passou na minha frente e esvaziou uma grande poça de água suja em mim.
Eu fiquei tão furiosa no momento. Juntando com o susto que eu tomei e o frio que eu estava sentindo, tendo que lutar para o vento não quebrar meu guarda-chuva, eu dei um grito de raiva. Sem pensar, fiz uma coisa que minha avó sempre me disse que era errado e que eu nunca deveria fazer.
"Filho da puta! Você é cego?" Eu estava com tanta raiva. Agora eu estava toda suja e toda molhada. Furiosa joguei fora de uma vez o guarda-chuva e comecei a andar em direção a minha casa.
E o idiota nem havia parado, pelo menos para se desculpar e dizer que foi sem querer. Mas não tinha como, porque não foi, a rua era bem grande para aquela pessoa passar justamente por cima da poça em minha frente.
"Espero que o seu carro dê problema!" Esbravejei.
Meu rosto estava pegando fogo de raiva. Se antes eu estava com frio e meus lábios congelando, agora eles estavam queimando. Eu sempre fui uma pessoa sensível que chorava atoa, e naquele momento eu comecei a chorar de raiva. Pisando duro e a passos largos comecei a ir pra casa a pé.
Caminhando sem parar, ao longe avistei o mesmo carro que me sujou, parado no acostamento. Era a hora, eu ia até lá e iria tirar satisfações com aquele ou aquela mal educada e insensível. Fui andando em direção ao carro. Quando cheguei perto eu bati com força no vidro grosso e completamente escuro, chegou a doer meu pulso.
Quando o vidro foi se abaixando aos poucos, toda a minha marra e vontade de xingar e brigar, caiu por terra. Havia um homem lá dentro, olhos azuis perfeitos, cabelos pretos como a escuridão da noite e barba por fazer. Ele parecia ter o dobro da minha idade e tinha uma cicatriz perto da sombrancelha. Imediatamente quando eu coloquei meus olhos sobre ele, eu senti uma coisa inexplicável, eu não sabia dizer com palavras, eu nunca havia sentido antes.
Meu rosto ficou mais quente do que já estava, meu coração acelerou, meu corpo se arrepiou e eu me senti tonta. Foi como se uma onda de calor e um choque estranho, percorresse toda a minha corrente sanguínea. O homem era lindo demais, eu não consegui dizer uma só palavra. Minha boca abriu várias vezes e nada saiu. Vários pensamentos estranhos começaram automaticamente a passar pela minha cabeça. Aquele homem tocando e beijando o meu corpo.
Mas que merda estava acontecendo comigo? Eu nunca havia visto aquele homem na minha vida.
JulianNão vejo a hora de chegar em casa e ser surpreendido pelos meus filhos com seus sorrisos e suas brincadeiras, é tão bom que não consigo pensar em outra quando saio da porta para fora, só sei pensar em voltar o mais rápido possível para minha esposa linda e maravilhosa, e para nossos bebês, confesso fomos rápido, desde quando nos casamos, há cinco anos atrás, todo ano foi um novo bebê, suspeito que Eloíse esteja grávida de novo pois ela fica muito mais insaciável do que já é normalmente, minha gata vira uma tigresa.Eu não a amo da mesma forma como eu amava no dia em que nos casamos, eu amo muito, muito mais, todos os dias eu me apaixono novamente por ela, quando vejo tudo que ela me deu, tudo que ela transformou em mim, sem dizer nada, apenas com sua inocência roubada por mim e sua pureza, também rouba
Eloíse5 anos depois..."Mamãe!!!" Ouço Julie gritar na porta da cozinha, olho para seu rostinho lindo e ela está vermelha com os olhos furiosos, seu cabelo avermelhado também está bagunçado e sujo."Céus, quem fez isso com você filha?" Indaguei andando até ela e arrumando seu cabelo num rabo de cavalo, tirando também toda a sujeira."O James! Eu estava brincando com o cachorrinho e ele começou a me atrapalhar." Ela diz com lágrimas nos olhos, eu sorrio lembrando-me de como eu era exatamente assim."Vai lavar as mãos, o almoço está quase pronto." Falo e ela sai saltitando pela casa. "James!" Grito o garotinho de cabelos escuros que corre sem parar atrás do novo membro da família, um vira latas orelhudo. Jared."Mamãe, ele não me deixa montar nele!" Resmunga fazen
JulianMinha esposa ainda tinha seus espasmos em meus braços, na cama, eu a deitei, dentro de mim queimava um desejo violento. Em qualquer outra noite, eu já estaria dentro dela, possuindo sua pequena boceta apertada até eu gozar dentro dela e senti-la explodir em volta do meu pau, mas não aquela noite.Aquela noite era para ela, era para ser a melhor, para que ela se lembrasse de como havia sido sua noite de núpcias. Ela me olhou, seus olhos verdes estavam cheios de desejo, eu comecei a fazer meu caminho para cima de seu corpo belo, subi na cama e me posicionei entre suas pernas, deitando-me sobre sua pele macia e cheirosa. Ignorando mais uma vez o meu pau dolorido, eu comecei com pequenos beijos na parte interior das coxas dela e em seguida me movi até que eu alcancei meu objetivo: seu sexo molhado, rosa e inchado de seu orgasmo recente.Com a minha língua suavemente contornei seu
EloíseEstávamos todos na porta da minha casa, a minha volta estavam algumas malas que Julian e João colocavam dentro do porta malas do carro. Enquanto isso Olívia me abraçava chorando. Eu e meu marido iríamos viajar, exatamente, de carro para as montanhas da Inglaterra, local frio que amávamos, lá ele havia comprado um chalé para nós dois, ele disse que queria que nossa lua de mel fosse em um lugar assim e ele não poderia estar mas certo, eu achei a idéia maravilhosa!Talvez ele tenha exagerado na parte da compra, não era extremamente necessário que ele comprasse o lugar, porém decidi não intervir ou brigar com ele por isso, ele apenas queria me agradar e eu deveria era agradecer ao invés de me chatear.Após uma noite quente em casa, em que minhas pernas quase não se aguentavam em pé, chamamos noss
EloíseNo total eram três meses de gravidez, o tempo passava cada dia mais rápido, minha barriga ainda não havia dado indícios de que havia um bebê dentro dela, não cresceu nem um montinho, preocupada eu fui até o médico, o qual disse-me que era normal, que algumas mulheres tinham o corpo magro e que a barriga não crescia muito. Optei por ficar tranquila, pelo meu bebezinho.Quanto a minha avó, eu estava mais tranquila, a dor não passou, nunca passaria, mas havia se tornado saudade, uma saudade eterna, certa noite eu sonhei que ela vinha até mim e dizia que me amava, ela sempre dizia isso, mas aquele dia foi como se acalmasse meu coração e trouxesse paz a minha alma abatida.Eu e Julian decidimos nos casar na próxima semana, seria algo simples, apenas para os íntimos, no caso, Olívia, João e Agnelo. Nã
EloíseUm mês se passou desde a morte da minha querida e incrível, avó. Aqueles foram os piores dias da minha vida, eu me sentia perdida e sem rumo, sentia que nada mais fazia sentido, era uma tristeza tão grande que eu tinha vontade de morrer, mal dormia a noite e quando dormia eu acordava chorando, faltava um pedaço de mim, algo que jamais seria preenchido.Mas, graças ao amor da minha vida, Julian e aos meus amigos eternos, Olívia e João, os quatro juntos, conseguimos entender que foi o melhor, que ela estava sofrendo e não merecia nada daquilo, e que ela estava agora em um lugar melhor, olhando por nós.Julian passava todos os dias e noites comigo na minha casa, ele insistiu para que eu me mudasse com ele para sua mansão mas eu ainda não estava pronta para desapegar de tudo que vivi ao lado da mulher que cuidou de mim desde minha existênc
Último capítulo