Capítulo 68

Paris os recebeu com céu limpo e vento leve.

Era começo de junho, e as árvores da cidade estavam no auge do verde, como se quisessem provar que tudo renasce — mesmo depois de um inverno longo demais.

Allegra desceu do carro com os olhos brilhando.

Mas era outro tipo de brilho.

Não o da fuga, nem o da dor escondida.

Era o brilho de quem retorna com firmeza nos pés e nome no cartaz.

No portão da Galeria Montclair, Camille esperava com os braços abertos.

— Ma chérie!

Você está aqui. E está… brilhando.

Você trouxe o sol com você?

— Eu trouxe quem eu sou agora.

— E isso é muito mais do que sol. É constelação.

Os dias que se seguiram foram corridos e cheios de encantamento.

O cartaz oficial da exposição solo estava por toda a cidade:

Allegra Bianchi

Depois do Silêncio – Uma exposição sobre sobrevivência, arte e recomeço

De 12 a 30 de junho — Galeria Montclair, Sala Principal.

Camille levou Allegra até o salão.

As paredes brancas esperavam pelas obras.

A luz natural invadia pelas janelas alt
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