Memórias Apagadas

No caminho de volta para casa, sua mente estava inquieta. O brilho das luzes da cidade foi ficando para trás conforme ela se aproximava do bairro afastado, onde a mansão ficava. A propriedade era envolta por grandes eucaliptos e um portão imponente, que se abriu automaticamente quando ela passou seu cartão de acesso. Ao estacionar, notou que as luzes da entrada estavam parcialmente apagadas.

O local estava envolto pelo silêncio. Serina entrou na mansão, fechando a porta atrás de si com cuidado. A casa estava mergulhada na penumbra, os únicos sons vinham do tique-taque do grande relógio no corredor e do leve farfalhar das cortinas com o vento que soprava pelas frestas.

Seu pai já devia estar dormindo, e os funcionários provavelmente também já haviam se recolhido. Subindo as escadas devagar, ela sentiu o peso do dia recaindo sobre seus ombros. Caminhou pelo longo corredor, sentindo o eco dos próprios passos contra o chão de mármore polido. A casa sempre foi grande demais, vazia dema
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