A manhã amanheceu fria, e o céu ainda carregava os tons alaranjados do nascer do sol quando Carly se sentou à escrivaninha do seu quarto. Diante dela, dois papéis em branco. Pegou a caneta e, sem hesitar, escreveu no primeiro: "Monteiro." No segundo, "Pedro." Respirou fundo, apoiando as mãos sobre os joelhos. Aquilo era ridículo? Infantil? Talvez. Mas era a única forma que encontrou de lidar com o que sentia.
— Que cafona... — murmurou para si mesma, os dedos frios levemente presionando a caneta. — Cartas? Como se fosse uma adolescente.
Olhou para os nomes escritos e deixou escapar um suspiro, ela começou a escrever. As palavras estavam todas na sua mente, mas dizê-las em voz alta… não conseguia. Ao finalizar, dobrou as folhas cuidadosamente e guardou na bolsa.
Ela