— MEU DEUS, ELE TEM UMA BOMBA! — O grito fez a cabine inteira estremecer.

Por alguns segundos, o avião pareceu entrar em câmera lenta. O ronco constante dos motores virou um zumbido distante. Passageiros se entreolharam, alguns se encolheram nos assentos, outros já se levantavam, histéricos.

Isadora piscou, tentando entender se aquilo era mesmo real ou apenas alucinação do seu sono mal dormido. Não, definitivamente não era ilusão: duas figuras se levantaram na parte central do corredor, avançando para frente do avião com passos rápidos.

Eram homens vestidos de maneira comum, jeans e jaquetas, mas seguravam algo que brilhava sob a luz fraca, um cilindro metálico com fios vermelhos enrolados, daqueles que só aparecem em filmes de ação ruins.

— Atenção, todos! Fiquem quietos e ninguém vai se machucar! — Ele ergueu o cilindro. — Este avião agora está sob nosso controle. Se colaborarem, todos chegarão vivos ao destino.

Um murmúrio coletivo percorreu o corredor. Uma criança começou a chorar