Henrique largou o guardanapo sobre a mesa e inclinou-se para frente, sustentando o olhar da mulher com o máximo de firmeza que conseguiu reunir.
— Não pretendo me casar com sua filha por dinheiro. — disse, a voz grave, mas sem sequer uma lembrança do sarcasmo de antes. — Eu nunca pensaria em algo assim.
Ele não estava mentindo. Se casar com Isadora ou qualquer outra mulher nunca esteve nos seus planos, ele sempre viveu o momento e não podia contar o verdadeiro motivo pelo qual se casaria com a filha dela.
Maia estreitou os olhos, como se avaliasse até onde o homem em sua frente estava sendo sincero.
— Não mesmo? — ela perguntou, tamborilando os dedos sobre a mesa. — Pois então, me diga: como vê esse casamento? Porque, se não é o dinheiro, só pode ser ambição de status.
Henrique respirou fundo, engolindo a vontade de rir daquela “audiência” improvisada.
— Olhe… não preciso dizer que Isadora tem tudo o que qualquer homem poderia querer. Poder, beleza, inteligência… — ele fez uma pausa,