O tempo havia parado para Dante. Desde que as portas se fecharam atrás da maca que levava Svetlana, ele não desviou os olhos dali. Permaneceu de pé, imóvel, como um predador à espreita, mas com o peito apertado por uma angústia que não sabia como controlar. Sua mente só conseguia sustentar um único pensamento: ela ainda está viva?
O corredor do hospital particular era um lugar impessoal, iluminado por luzes frias que contrastavam com o sangue seco em suas mãos. O sangue dela. O de Svetlana.
Fábio permanecia por perto, observando-o com uma mistura de inquietação e resignação. Sabia que, de qualquer forma, aquilo não acabaria bem. Se Svetlana morresse, Dante destruiria tudo em seu caminho. E se sobrevivesse… também.
Dentro do centro cirúrgico, o ambiente era frenético.
— Preciso de mais soro! O pulso continua instável! — ordenou o cirurgião, com a voz firme, porém urgente.
As luzes intensas projetavam sombras sobre os rostos cobertos por máscaras. Svetlana jazia na mesa de operações, a