Ah, minha cama, meu porto seguro! Me jogo nela como se fosse um prêmio depois de um dia de pura sobrevivência. Puxo a coberta até cobrir o rosto, tentando me esconder de tudo e de todos, e fecho os olhos, torcendo para que minha mente finalmente tire uma folga. Hoje foi um daqueles dias que eu queria esquecer — tipo, deletar da memória mesmo.
Viro de lado e, inevitavelmente, pego meu celular. Coitadinho, ficou abandonado depois da última ligação com a Jojo, e eu nem lembrei que ele existia. A tela se acende e lá estão, todas as chamadas do John, cada uma mais ignorada que a outra. Ele insiste, né? Paciência zero pra isso hoje.
Abro minhas redes sociais, só pra dar aquela conferida básica, e quem aparece logo de cara? Lucca, claro. A foto dele toda metida com a Estátua da Liberdade ao fundo e a legenda mais sem graça possível: “Cá estou.” Sério? Só isso? Eu rio baixinho, porque é tão... Lucca. Não dou o braço a torcer e passo reto, sem curtir. Ele que lute.
De repente, a foto do John s