Continuação.
A dor não parava. Era como uma lâmina enfiada em meu pescoço, cada pulsar mais fundo, mais quente. E então… começaram os flashes.
No primeiro, vi o rosto dela, manchado de lágrimas. A corrente em seu tornozelo brilhava fria, puxando-a para trás.
No segundo, senti o gosto de sangue… mas não era o meu. Era o dela. O tapa que ela levou ardia na minha própria pele como se tivesse sido em mim.
Meu corpo inteiro tremeu.
— Lua… — sussurrei, mas o nome dela saiu como um lamento e uma maldição ao mesmo tempo.
Outro flash. Mais rápido, mais cruel.
As mãos de um homem. Sujas de sangue. Tão perto do rosto dela.
Eu quase consegui sentir a respiração dele soprando contra sua pele.
A dor aumentou. Um soco direto no meu estômago, mas sei que não fui eu quem levou o golpe.
Era ela resistindo. Lutando.
Meu corpo cedeu, caindo para frente, as mãos cravando o chão. O gosto metálico invadiu minha boca, mas era a dor dela que me alcançava. O laço estava mostrando, pedindo