Continuação.
Continuamos andando, e até o vento pareceu parar naquele beco.
— Escuta, Lucius, sei que pode soar estranho, mas preciso te avisar: quero ter certeza se ele é ou não um vampiro.
— O que você está tentando me dizer? — ele perguntou, olhando-me de cima a baixo, com um ar superior, mas também com desejo nos olhos.
— Na minha cidade há histórias de vampiros. A caminho daqui, um senhor me contou que várias moças estão desaparecendo. Por isso me vesti de homem. Eu sei que você parece forte, mas também não deveria andar sozinho à noite.
Ele riu, e aquele riso fez meu corpo inteiro arrepiar. Num instante, já estava atrás de mim. Tirou meu chapéu e deixou meus cabelos caírem sobre os ombros. Seus dedos tocaram minha nuca e eu congelei.
— Você sente medo? — perguntou, com a boca quase encostada em mim. No reflexo, me afastei.
— Que brincadeira é essa? Agora tenho certeza... você é um deles.
Os olhos dele mudaram de cor diante de mim.
— Eu sabia que você desconfiav