Continuação.
— Eu sei que minha presença é tão boa, mas infelizmente tenho que ir embora. Então… tchau! — tentei sair dali o mais rápido possível. Não queria ficar nem mais um segundo perto desse homem.
— Quem está com pressa assim… por acaso está fugindo de algo? — ele arqueou a sobrancelha, me olhando de um jeito que fez meu estômago revirar. Era como se tivesse lido meus pensamentos, como se soubesse que eu estava fugindo do convento… e de Wei.
— N-não! — respondi rápido demais. — Não sou fugitiva, só… só estou cansada da viagem.
Ele inclinou a cabeça, aquele sorriso perigoso ainda no rosto.
— Então, se está cansada, que tal uma rodada de vinho? Eu e você.
— Você disse rodada de vinho? — repeti, tentando disfarçar meu nervosismo. Acabei rindo, meio sem jeito, e me sentei novamente. Ele riu também, mas a risada dele era diferente: baixa, rouca, como se carregasse segredos.
Ele chamou o atendente com um simples gesto, e logo duas taças foram colocadas sobre a mesa.
— Saúde. —