O caminho até a mansão parecia interminável. Aisha tinha a sensação de que nunca chegariam. A estrada estava coberta pela neve, um tapete branco que tornava tudo mais lento. Olga lhe entregara um casaco quente e, dentro do carro, com o ar-condicionado ligado, mal dava para acreditar que lá fora estava congelando.
Olga parecia animada. Aisha a observava por baixo dos óculos escuros. Agora, cada movimento precisava ser calculado; um passo errado e tudo desmoronaria.
— Sofia, estamos quase chegando, mas não tenha medo. Estarei com você.
Aisha engoliu em seco e apenas sorriu.
De repente, o carro entrou numa estrada estreita, e Aisha percebeu que até as árvores pareciam se curvar, como se observassem quem ousasse passar por ali. Sentiu um arrepio. Apertou a própria perna com tanta força que os dedos doeram.
Quando o carro parou, ela deu um pequeno salto, assustada.
— Não se preocupe, é somente os guardas.
Ela percebeu que Olga evitava dizer o que realmente eram: homens armados até o limite