Aisha não se mexeu. Não podia. Sentia que sua vida dependia disso, mesmo com aquela garota a um passo de enfiar um punhal em seu olho.
— Lívia… não entendo o que você quer dizer.
— Você chegou aqui como uma cobra rastejando — rosnou ela. — Roubando tudo que é meu. Uma cega ridícula como você. E agora até o Artem? Você sabe o que significa se casar com ele?
Aisha não entendia. Nem nos seus piores pesadelos imaginaria algo assim… se casar com aquele homem?
— Eu não pedi isso — sussurrou.
— Não pediu? Engraçado, porque tudo parecia o contrário! Eu deveria me casar com Artem. Eu! Sou eu quem deveria estar aqui.
Aisha até compreendia a revolta da garota, mas era ridículo alguém passar a vida esperando por um homem. Ainda mais por um homem que, na visão de Aisha, era como um irmão para Lívia .
— Você deveria tratar ele como irmão, não como homem…
Ela não devia ter dito aquilo. Viu quando o corpo de Lívia enrijeceu. A garota ergueu o punhal, decidida. Aisha não esperou levar uma facada; se e