Depois de vasculhar todo o templo, resolveram retornar para o bangalô. Enquanto caminhavam pela estrada de terra, sob uma leve chuva, Rosely quase podia ouvir as engrenagens do cérebro do caçador funcionando freneticamente.
– Sei que tem algo em mente, então desembucha – disse, quebrando o silêncio.
– Desembucha? – ele repetiu, com humor.
– Culpa sua, contaminou meu vocabulário – ela respondeu num resmungo, e continuou olhando-o séria. – Afinal, o que aconteceu com a estátua?
O rosto dele ficou sombrio.
– Existem tipos diferentes de possessão maligna – começou a explicar, sentando-se ao lado dela. – Pode ser um espírito que se agarra a uma pessoa ou objeto por não poder seguir em frente, ou um espírito de vingança, feito por bruxaria.
Rosely sentiu seus pelos se arrepiando, já podendo imaginar o rumo daquela conversa.
– Imagino que seja o segundo caso, então o que devemos fazer? – indagou.
– Ah, essa é a parte chata – resmungou o caçador. – Descobrir quem fez o feitiço, procurar por m