113. Dor da traição
Alexandra fechou o zíper da última mala, bufando logo em seguida pelo esforço de colocá-la no chão. Faltavam menos de uma hora para ela ir embora, pegar o voo e partir em direção ao sítio antigo que lhe foi herdado.
Encostado à porta do que seria seu novo quarto, Joshua cruzou os braços e perguntou:
“Tem certeza de que não quer que eu te leve até o aeroporto?”
“Tenho, sim, mas agradeço pela gentileza”, ela responde de forma formal. “Você precisa sair daqui a pouco de qualquer forma, não é?”
“Não posso deixar Emanuele sozinha nessa questão.”
“Eu sei que não.” Alexandra prende o cabelo num coque apertado acima da cabeça e o encara. “Como ela está?”
“Preocupada. Aflita. Calada e nervosa, andando pelos cantos.”
“Acha que ela gosta da irmã? Mesmo sabendo que foi ela que assassinou a própria mãe?”
Joshua dá de ombros.
“Não compete a mim julgar.”
“Foi apenas uma pergunta. Não estou julgando.”
“Bom, mesmo depois de eu tentar matar nosso pai, você ainda gosta de mim. Eu acho.”
Silêncio.
“Não t