112. Justiça

Sarah já sabia das consequências das suas ações antes mesmo que elas fossem sequer tomadas.

Ela sabia que sua irmã, Emanuele, seria a principal suspeita do crime por um tempo, mas que logo as acusações seriam suspensas. Por quê? Porque ela havia sido descuidada e deixado várias impressões digitais no corpo odioso da mãe.

Sarah sabia que era questão de tempo até que o escândalo envolvendo não apenas políticos e burgueses, mas também os próprios policiais que deveriam estar na linha de frente combatendo aqueles marginais, seria levado ao público e chocaria milhares de pessoas no país.

Naquele exato momento, enquanto estava na cela da delegacia da cidade, ela brincava com a própria corrente da algema, distraindo-se com o chacoalhar rítmico. Crimson havia sido direto com ela: o julgamento aconteceria rapidamente, por se tratar de um crime praticamente já solucionado.

Sim, ela teria um advogado. Não, isso não iria ajudá-la em absolutamente nada.

Sarah, ou melhor, Adriele não se arrependia
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