Capítulo 15 - Perdição.
Dante Bianchi
O cheiro dela estava me deixando completamente fora de mim. Do tipo que gruda na pele, escorre pela garganta e bagunça até o juízo. Quente, doce, felino… Marina Salles era uma maldição embalada em perfume caro.
Não sei como diabos consegui dirigir até o restaurante do Alfred. A verdade é que por pouco não mudei a rota e levei aquela mulher direto pro meu quarto — ou pro banco de trás, tanto faz. Assim que estacionei, desci e fui abrir a porta pra ela. Estendi a mão, e ela a segurou com aquele sorriso safado de quem sabia exatamente o que tava fazendo comigo.
Entramos juntos. O lugar estava lotado, mas nossa mesa — reservada com antecedência — era a única vazia. Atravessamos o salão como se o mundo girasse ao nosso redor, e de certo modo, girava. Marina era o tipo de mulher que atraía olhares como farol na neblina, mas só eu é que ia tocar.
Nos sentamos e o garçom trouxe os cardápios. Fizemos os pedidos depois de alguns minutos, e quando ele saiu, ela olhou ao redor enca