A manhã estava apenas começando quando entrei na sala onde Nando faria mais uma etapa do tratamento. O som dos aparelhos era um sussurro constante e, de certa forma, reconfortante naquele ambiente asséptico. Eu sabia que muitos pais e mães tremiam só de estar ali, mas para mim... para mim, aquele lugar era o centro do meu universo agora. Cada máquina, cada exame, cada conversa com os médicos. Tudo girava em torno da recuperação do meu pequeno.
Ele estava ali, tão forte, mesmo que o rostinho ainda estivesse um pouco pálido. Mas seus olhos… ah, os olhos dele. Brilhavam como se estivessem prontos para conquistar o mundo, mesmo no meio da batalha.
Sentei-me ao lado da cama, com o caderno no colo, a caneta entre os dedos e o tablet aberto. Estava revisando alguns relatórios para reenviar para a Camille, quando ouvi alguém pigarrear.
— Não acredito que você está trabalhando — disse a voz dele atrás de mim.
Ergui os olhos e o vi encostado na moldura da porta, braços cruzados e olhar fixo em