Os dois dias passaram rápidos demais.
Eu não percebia o tempo passar, minha mente só estava em um único lugar; no quarto aonde David repousava.
Assim que deram as quarenta e oito horas, a porta do quarto se abriu e uma equipe médica entrou por ela, com um olhar sério e uma presença tão forte que deixava tudo ainda mais frio.
Eles trocavam olhares entre si e conversavam em um idioma que eu não conhecia, mas entendia bem o que queria dizer.
“Ele não reagiu.”
“Não temos mais tempo”
“Não há mais o que ser feito”. – Era só olhar para eles.
O Doutor Reuter suspirou e me olhou com um semblante triste.
—Senhora Connor, precisamos conversar. – Disse ele com um tom baixo.
Soltei a mão de David e assenti, me aproximando deles. E então, Reuter balançou a cabeça em negação.
—Sentimos muito, mas o resultado não foi como esperávamos. Teremos que atestar o óbito. – Disse ele, fazendo meu mundo se dilacerar.
—Por favor! – Falei entre lágrimas, juntando as mãos o implorando. —Deem mais tempo a ele.
—Si