Eu mal dormi.
A lembrança do toque de Dante, dos centímetros que nos separaram no elevador, do jeito que seus olhos prenderam os meus como se soubessem exatamente o que eu pensava… tudo isso ficou ecoando. Eu tentava convencer minha mente de que era só parte do contrato, só treinamento emocional, só controle psicológico.
Mas meu corpo sabia que era mentira.
Quando acordei, senti como se algo tivesse mudado — um limite cruzado, mesmo sem beijo, mesmo sem frases ousadas. Era como se Dante tivesse plantado algo em mim, e agora eu não conseguisse mais ignorar.
Passei maquiagem, mas minhas mãos tremiam.
— Ridículo — murmurei para mim mesma no espelho. — Você não é o tipo que treme por causa de um homem.
Mas Dante não era um homem qualquer.
Ele era o tipo de perigo calculado que te observa em silêncio e te entende antes mesmo que você se entenda.
Cheguei à empresa dez minutos antes. Ele gostava de pontualidade — não só como regra, mas como demonstração de postura.
Quando entrei na sala dele